quinta-feira, junho 01, 2006

Pode esquentar muito a fronteira


Tá certo que o Brasil já se acostumou a encobrir um escândalo com outro e um problema sempre envelhece antes de ser resolvido, mas não convém ao governo brasileiro fingir que está tudo bem na fronteira do Acre com a Bolívia.E tudo começou com a prisão do gás dos bolivianos, aquela papagaiada com a Petrobrás.
Com suas atenções voltadas para a demagogia pré- eleitoral ( salário- mínimo (Bah!), acordo com Quércia, cozinheira, caseiro, Copom etc) corre- se o risco de amanhecer um dia desses com a eclosão de uma guerra que não vai ajudar em nada, nem ao Brasil nem à Bolívia.
O governo daquele boliviano lá continua ofendendo, perseguindo, expulsando, humilhando brasileiros do Acre que trabalham a anos em atividades extrativistas e outras ao longo dos distritos dos departamentos ( estados) bolivianos mais próximos do Acre.
Não se deve brincar com os acreanos. Por muito menos nossos avós já penduraram escalpos de bolivianos em coivaras de beira de rio.
Não dá para a Diplomacia e o governo do Brasil fingirem que está tudo bem.
Há dois dias, até o polido e escorregadio governador Jorge Viana fez declarações aos jornais de Rio Branco nas quais elevou o tom oficial da reação ao governo daquele cacaleiro.
E, além do mais, pra espichar couro de bolivianos e tomar logo Cobija, Montivideo e Santa Cruz de La Sierra bastam uns quatro homens e um gaúcho.
Gaúcho, aliás, abunda no Acre. Com todo respeito.