sexta-feira, maio 12, 2006

Siribôlo na fronteira

RICARDO BROCHAT - Brasiléia (Ac)

Desde ontem à noite, quando cheguei ao Acre( porque de dia, só de carro ou de carona em avião de ministro)pude sentir no ar o piché de guerra. Os acreanos tomaram as dores do Brasil e agora, diretamente ofendidos pelo presidente Evo Morales da Bolívia, estão em clima de guerra.
Em contato com o Consulado da República Independente do Acre, fui informado de que não pára de crescer a lista de corsários e voluntários para enfrentar os bolivianos, se a coisa piorar. Homens- bomba e armas de destruição em massa( saltenha, quêbe de arroz, tapioca, bolacha da Miragina etc)estão sendo camuflados pelos revoltosos acreanos.
Ainda hoje de manhã, um casal que comia Baixaria no Mercadinho do Bosque - um dos principais centros gastronômicos de Rio Branco- explodiu dentro de um ônibus do Tucumã. Nâo há notícias de feridos devido não haver atingido o olho.Porque aquilo, se pegar no olho, cega.
Em Epitaciolândia - que é separada da Bolívia por uma ponte( graças a Deus!) notícias ainda não oficiais dão conta de que os acreanos poderão usar sua arma mais letal em caso de novas ofensas de Evo Morales. Eles ameaçam mandar o cantor Carlinhos Alvorada gravar um disco em Cochabamba.